25.1.12

ΩΔΗ ΣΤΗΝ ΑΦΡΟΔΙΤΗ

Fílippos Margaritis (Grécia, 1810-1892)

Hino de Safo a Afrodite

Em teu trono ofuscante, Afrodite
Sagaz filha eterna de Zeus
eu imploro: não me esmagues
de aflição,
vem a mim agora – como certa vez
ouviste meu longínquo lamento, e cedeste,
e te ausentaste furtivamente da
casa de teu pai
para jungir pássaros em tua áurea
carruagem, e vieste. Vistosos pardais
trouxeram-te ligeira para
a sombria terra,
suas asas vergastando o médio céu.
Feliz, com lábios perenes, sorriste;
“O que há de errado, Safo, por que me
chamaste?
O que deseja o teu tresloucado coração?
Quem deverei fazer amar-te?
Qual delas voltou as costas a ti?
Deixa que ela fuja, logo virá atrás de ti;
Recusei dela os favores; e logo serão teus.
Ela te amará, ainda que não saiba nem queira”.
Vinde pois a mim agora e liberta-me
de espantosa agonia. Labora
por meu tresloucado coração. E sê
de mim aliada.

Safo / Grécia
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