25.2.11

Η ΑΝΔΡΙΚΗ ΟΜΟΦΥΛΟΦΙΛΙΑ ΣΤΗΝ ΑΡΧΑΙΑ ΕΛΛΑΔΑ 1


Homossexualidade masculina na Grécia Antiga 1

Nas artes visuais, destacam-se as pinturas em vasos. Elas nos mostram homens (machos) mais velhos abraçando machos mais jovens, ou conversando com eles, oferecendo presentes, excitando-os com gestos e toques e suplcando que se entreguem aos desejos dos mais velhos. Tal é a primeira impressão que se nos ofrece.
No entanto, nem sempre é facil interpretar essas pinturas. Há, porém, numerosos vasos com representação explícita de homossexualidade, datando de 570 a 470 a.C.
Durante o período ático, verifica-se um declínio da pintura em vasos, na Ática. Abundam os vasos com representações eróticas, no Sul da Italia e na Sicília. Igualmente em Corinto floresceu essa arte.
Não faltam vasos com inscrisões exaltando a beleza de um jovem anônimo ou com seu nome real, que podia referir-se também a uma mulher. Nem estão ausentes epítetos menos elogiosos escritos na cerâmica, como este: “Antila é uma meretriz”.
Relacões homossexuais acham-se também expressasem graffiti. Às vezes, lêem se inscrições deste tipo: “Eu não permito que Lisânias me use como deseja”. Temos aquí um exemplo de rejeição do erômenos.
Famoso são os graffiti de Thera (hoje Santorini), que era uma colônia espartana. Na ilha de Thera, encontram-se muitos graffiti nas rochas, acompanhados das palavras kalós (belo) e áristos (o melhor). Outros qualificativos são: agathós (bom); thalerós (robusto).

Reinholdo Aloysio Ullmann: Amor e sexo na Grécia antiga (Edipucrs, 2005)

10.2.11

ΕΝΑΣ ΓΕΡΟΣ

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O VELHO

No meio do café ruidoso, sem ninguém,
por companhia, está sentado um velho. Tem
à frente um jornal e se inclina sobre a mesa.

Imerso na velhice aviltada e sombria,
pensa quão pouco desfrutou as alegrias
dos anos em vigor, eloqüência, beleza.

Sabe que envelheceu bastante. Vê, conhece.
No entanto, o seu tempo de moço lhe parece
ser ainda ontem: faz tão pouco, faz tão pouco...

Medita no quanto a Prudência dele rira;
em como acreditara sempre na mentira
do "Deixa para amanhã. Há tempo." Que louco!

Pensa nos ímpetos que teve de conter,
nas alegrias frustras por seu tolo saber,
que cada ocasião perdida agora escarnece.

...Porém, tanto pensar, tanta recordação,
põem o velho confuso, e sobre a mesa, então,
daquele café, debruçado, ele adormece.

Konstantinos Kaváfis: Poemas (Nova Fronteira, 1990)
Tradução do grego: José Paulo Paes

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